abas

domingo, 13 de março de 2011

Manhã de domingo

O telefone tocou, o prefixo era 071, um alô masculino já entabulando uma conversa. Comecei a falar enquanto pensava: quem é esse sujeito? Perguntei quem estava falando e ele respondeu: "estou rouco, mas tenta lembrar". Lembrar o quê? Já estava certa de que não conhecia aquela voz. A dica que ele deu foi: "alguém próximo". Senti um frio na espinha, seria algum vizinho? Torci para ser ligação errada, mas o número do telefone era o meu, mesmo. Ele continuava: "lembra de uma situação". Aí eu tive certeza, a ligação não era pra mim. Já imaginei qual tipo de situação ele se referia. Fiquei curiosa, mas não estava disposta a fazer nenhum joguinho; perguntei: você está falando com quem? A resposta foi estranha: "tenta". Tentar o quê, eu sei quem eu sou, ele é que não sabia! Finalmente ele deu outra dica: "consultório". Então a "situação" foi no consultório! Já estava às gargalhadas, mas fiquei com pena do sujeito e disse que ia desligar porque, definitivamente, um não conhecia o outro. Forcei a barra e exigi: fala, então, qual o meu nome. "Ana". Respondi, a Ana te enganou, deu meu número. Com voz de quem é pego com as calças na mão ele disse: "ainda bem que eu náo falei nada, estou tremendo aqui".
Rindo à beça, antes de me despedir, tentei saber que situação era aquela. Não obtive sucesso.

Um comentário:

Susanices disse...

E não é que hoje (domingo), novamente, atendi outra ligação divertida de engano!